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"Orphan Black" chega ao fim com um saldo balanceado, em uma série que abusou da ficção científica e da atuação fenomenal de sua protagonista.

“Orphan Black” chega ao fim com um saldo balanceado, em uma série que abusou da ficção científica e da atuação fenomenal de sua protagonista.


Nota da Colab: este texto contém spoilers.

 

PProduzida pela BBC America em parceria com o canal Space, Orphan Black estreou em 2013 e agora, após cinco temporadas, a série canadense chega ao seu fim.

 

Orphan Black

Pôster da série

A história começa quando Sarah Manning, uma mãe solteira com histórico de delitos criminais, presencia um suicídio de uma desconhecida idêntica a ela. Para fugir de seus problemas, Sarah assume a identidade da mulher. Porém, ao fazer isso ela acidentalmente se evolve em uma trama muito maior, descobrindo que aquela não era a única pessoa com o rosto igual ao seu. Na verdade, existiam muitas outras cópias delas e pessoas poderosas que não queriam que a verdade fosse descoberta.

Mistério, ficção científica e ação se misturam na trama de Orphan Black enquanto somos apresentados às clones que, apesar de dividirem o mesmo código genético e a mesma relação com misteriosos responsáveis por elas, foram criadas e vivem em realidades extremamente diferentes, que as levou, também, a ter personalidades completamente distintas.

 

Clube dos Clones

Durante seu desenvolvimento, Orphan Black teve seus altos e baixos, se perdendo um pouco no enredo principal, devido aos inúmeros elementos acrescentados a trama, chegando a confundir um pouco o espectador em algumas temporadas. Porém, a dinâmica entre as personagens extremamente cativantes e suas interessantes histórias individuais fazem com que isso seja praticamente ignorado e não prejudique a produção como um todo.

O verdadeiro ponto alto da produção fica por conta da atuação de Tatiana Maslany, que interpreta literalmente a maior parte das personagens fixas da série. Entre todas as clones que passaram pela série, estão a protagonista Sarah, a vilã Rachel e as tão queridas pelo público Alison, Cosima e Helena. Para cada uma, Tatiana entrega uma performance distinta, com sotaques, jeitos e expressões completamente diferentes.

Em alguns momentos, inclusive, a atriz interpretava uma personagem se passando por outra, e mesmo assim fazia com que o público automaticamente percebesse a diferença. Em cada um dos 50 episódios da produção, Maslany é capaz de fazer o espectador esquecer que ela é apenas uma pessoa dando vida a todos aqueles clones. E foi assim que ela conquistou o seu merecidíssimo Emmy de Melhor Atriz em Série Dramática em 2016, ficando a frente de atrizes consagradas como Viola Davis e Taraji P. Henson.

As clones: Rachel, Helena, Sarah, Alison e Cosima

Em sua última temporada, Orphan Black teve o desafio de encerrar as muitas tramas a que deu início, o que em certas ocasiões foi feito de maneira questionável, abusando do uso de diálogos muitos longos e expositivos, que acabaram por desacelerar o ritmo de alguns episódios. Porém, isso foi compensado com episódios finais eletrizantes e uma conclusão focada no lado humano do Clube dos Clones.

 

Clonspiração

Ainda que na mitologia de Orphan Black apenas cinco irmãs dividiam os arcos protagonistas, a série deu abertura para a existência de diversas outras clones. Algumas foram apresentadas na produção de forma rápida, tendo um final trágico logo em seguida (a exemplo de Beth Childs, a clone que introduz Sarah Manning, de forma involuntária, em toda a clonspiração da trama). Outras apareceram apenas por fotos ou citações ao longo da narrativa. Raras, no entanto, tiveram a oportunidade de ter um arco que durou, pelo menos, alguns episódios (como foi o caso da clone manicure Krystal).

Durente a review do último episódio da quarta temporada, o site Fangs for the Fantasy trouxe um fluxograma apresentando toda a linha familiar dos clones originários do DNA de Kendall Malone (tanto as do Project LEDA, quanto os do Project CASTOR). A imagem traz também os laços familiares e amorosos de cada uma das personagens principais, além de quem permanecia vivo (e quem havia morrido) até o final do quarto ano.


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