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“Hilda” estreia na Netflix sendo uma série animada muito bem direcionada, trazendo ensinamentos que funcionam para as crianças, mas foca nos adultos.


A menina simpática de cabelo azul pode fazer você pensar que Hilda, nova animação da Netflix, é um desenho infantil. Mas, a adaptação do quadrinho criado por Luke Pearson levanta temas de importância universal e atemporais, trabalhando-os a partir da perspectiva de uma criança.

Criada e roteirizada por Kurt Mueller, Stephanie Simpson e pelo próprio Pearson, a série acompanha Hilda (Bella Ramsey), uma garotinha simpática e curiosa em sua jornada com a mãe, Johanna (Daisy Haggard), e a corça-raposa, Twig. A jovem ama os animais e a natureza, tem personalidade forte e se apega por tudo que é considerado bizarro. Por ter morado a vida toda na floresta e afastada da cidade grande, Hilda se vê perdida quando ela e sua mãe precisam se mudar para a cidade de Trollburgo, depois que um gigante esmaga sua casa.

https://www.youtube.com/watch?v=f-RvZAu1_7c

Logo no inicio, o desenho nos dá uma lição sobre a dificuldade em passar por grandes mudanças e adaptações. Outro problema enfrentado pela garota é a dificuldade em se conectar com pessoas e fazer amigos novos. Já que estava acostumada a viver na floresta usando de sua imaginação para viver suas aventuras com animais e seres místicos, a garota encontra dificuldades em se conectar com outras pessoas, mas acaba enfrentando seus medos e faz amizade com Frida (Ameerah Falzon-Ojo) e David (Oliver Nelson). Personagens igualmente importantes, seus novos amigos ajudam a narrativa ao nos ensinarem ótimas lições sobre a superação dos medos e sobre organização. David é um garoto dócil e medroso que sempre atrai insetos para si, já Frida é corajosa, determinada e organizada (fora de seu o quarto).

Um dos pontos altos da série é o ótimo trabalho de animação feito por Andy Coyle, que traz um grafismo clássico e um toque vintage para os desenhos ao trabalhar com a animação em 2D. Bella Ramsey, a incrível Lyanna Mormont de Game of Thrones, também se destaca ao entregar um ótimo trabalho na dublagem da protagonista, trazendo doçura, insegurança e delicadeza à voz da personagem.

Hilda não é só bonita de ver, com toda a suavidade no design, mas a mistura do mundo mágico com o real cria um universo novo, com regras e lógicas próprias. Uma ótima opção de escape depois de um dia cansativo, com potencial de prender a atenção de adultos e crianças – e a doçura de Hilda é uma promissora aposta da plataforma de streaming, leve e bem humorada.


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