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Retomando fantasmas do passado, "Dexter: New Blood" não apressa sua narrativa e entrega um final digno para o serial killer da TV.

Retomando fantasmas do passado, “Dexter: New Blood” não apressa sua narrativa e entrega um final digno para o serial killer da TV.


Nota da Colab: este texto contém spoilers.

 

DDexter voltou! E estava com sede por um final melhor. A série do serial killer, que acabou em 2013, entregou aos fãs a sua última temporada nove anos depois do seu fim. Muitos, inclusive a pessoa que escreve, achou o fim inicial mixuruca demais para o grande serial Killer que Dexter foi. Assim, a nova temporada pretende fazer justiça ao personagem e rever como tudo acabou no seriado.

 

Novos Ares

Longe do calor de Miami e sem o bronzeamento artificial laranja, Dexter está na neve – mais precisamente em Iron Lake, NY – e não mata há cerca de dez anos. O que o mantém longe de todo o sangue é Debora Morgan, ou, pelo menos, a memória de sua irmã, que age como um “grilo falante” e o ajuda a manter o passageiro sombrio do principal inativo.

Ao contrário das outras temporadas na qual a atmosfera solar e festiva de Miami criava uma dicotomia com a alma sombria de Dexter, Iron Lake e seu ambiente rodeado de neve combina perfeitamente com o personagem. E o sangue espalhado na neve manda a mensagem de que o assassino em série está de volta.

O Novo e o Velho

A nova temporada, nomeada Dexter: New Blood, traz o protagonista adotando a identidade de Jim Lindsay, um pacato cidadão de uma pacata cidade se misturando entre as pessoas “normais”. Mas, como sabemos, Jim/Dexter não é o único criminoso das temporadas. Assim como nos anos anteriores, é apresentado mais um vilão, geralmente um segundo serial killer, para competir e inflamar os instintos de Dexter.

Na nova temporada nos deparamos com novos e velhos personagens. Além de Débora, Detetive Batista também retorna, fazendo uma aparição rápida comentando sobre o caso do Açougueiro de Bay Harbor.

Clyde Phillips, o criador, acerta ao colocar elementos antigos, causando uma sensação de reconhecimento e fazendo com que o telespectador se prenda ao sentimento inicial de quando assistiu a série pela primeira vez. Ao mesmo tempo que Dexter: New Blood traz personagens físicos, ela traz a memória de alguns outros, como Hanna e Sargento Doakes.

 

Tal Pai Tal Filho?

A culpa é o sentimento que move Dexter nessa nova aparição. Culpa por ter feito sua irmã ter sido assassinada, culpa pela morte de Rita e culpa por não ser um bom pai. O plot twist da temporada é a aparição de Harrison, seu filho, que havia fugido para a Argentina com Hanna, a última de seus pares românticos. Então vemos um Dexter um pouco mais amoroso e que quer merecer o reconhecimento de seu filho de volta.

Mas, assim como o principal, Harrison também nasceu do sangue de sua mãe assassinada pelo Trinity Killer. Com a história se repetindo, o jovem é confrontado pelo destino em que o coloca na mesma posição de seu pai. Com seu jeito deturpado de mostrar amor, ele segue os mesmos passos de Dexter, mas Harrison tem ou não tem um passageiro sombrio?

Em muitos momentos Dexter: New Blood justifica sua criação, em que tudo acontece no ritmo certo e não esvazia os momentos importantes. Finalmente, ao não apressar sua história, Dexter teve o fim que merece.

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