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Em mais um acerto, SEVENTEEN dá início a uma nova com "Face the Sun", um álbum cheio de músicas marcantes e um conceito claro e direto.

Em mais um acerto, SEVENTEEN dá início a uma nova com “Face the Sun”, um álbum cheio de músicas marcantes e um conceito claro e direto.


SSEVENTEEN não decepciona. Após vir com uma sequência de mini-álbuns memoráveis e bem recebidos pelo público e crítica, o principal grupo de k-pop da Pledis Entertainment lança o albúm Face the Sun provando mais uma vez o seu crescimento musical. E por trás de todo esse amadurecimento está WOOZI, membro-compositor-produtor, e BUMZU, produtor que acompanha o grupo desde a estreia.

É interessante como a cada lançamento fica cada vez mais difícil não se apaixonar pelas facetas do grupo e sua sonoridade crescente, tornando impossível a tarefa de selecionar os destaques do álbum. Nesta altura do campeonato, o time liderado por S.Coups tem se esforçado para tornar o SEVENTEEN um sinônimo de qualidade e referência — tarefa nada fácil, mas que eles são capazes de executar beirando a perfeição.

 

Botando a Cara no Sol

Lançado em 27 de maio, Face the Sun é o quarto full album do SEVENTEEN e o sexto compilado consecutivo a atingir o selo de Million Seller. Mas desta vez o grupo foi além: foram 2.067.769 de cópias comercializadas em apenas sete dias, fazendo deste o quinto álbum de k-pop de maior vendagem da história (até o momento) e o segundo grupo a atingir tal marca — o primeiro, claro, é o BTS.

A popularidade do SEVENTEEN é facilmente explicada pelos multitalentos de seus membros. Os 13 integrantes do grupo, que neste álbum dividem os vocais de todas as nove faixas, são conhecidos não apenas pela sincronia de coreografia ou conceitos arrojados, mas também pelas harmonizações e produção das próprias músicas. WOOZI, responsável por escrever, arranjar e produzir a grande maioria das faixas do grupo, recebeu o título de Melhor Produtor do Ano no Asia Artist Awards 2021 – importante premiação sul-coreana promovida pelo jornal de negócios Money Today – fazendo dele o mais jovem (25) recipiente da estatueta.

 

Como Dom Quixote

Apresentado pela faixa em inglês Darl+ing, o Face the Sun é mais formado por batidas potentes e cheias de camadas do que o borbulhante pré-carro-chefe da nova era. Mas Darl+ing não é ruim. A produção é o primeiro lançamento totalmente em inglês do grupo e serve o seu propósito de atingir o público internacional, em uma letra fofa que faz uma dobradinha como uma carta de amor aos fãs.

O clima leve e inocente não dura muito e tem pouco espaço no quarto álbum (como a brincalhona ‘bout you, e a balada IF you leave me), sendo quebrado pela energética faixa-título que da voz mais consistente ao disco. HOT é exatamente o que seu nome induz: uma música quente, exalando confiança e suando sensualidade. Guitarras, baixos, baterias, batidas eletrônicas e até um beatbox constrõem o instrumental “faroéstico” desta poderosa faixa que eleva o que foi HIT e dá espaço para os 13 integrantes abusarem de toda a força do lado sexy presente dentro deles.

Mas aqui vem uma interessante constância. Embora as títulos do SEVENTEEN sejam sempre muito certeiras, as B-sides são ainda melhores. Em Face the Sun, os destaques especiais são Don Quixote e March, duas das minhas faixas favoritas.

A primeira, no topo da minha principal playlist, é uma bravata de exploração, com inspirações diretas no famoso personagem-título em um combo de instrumental e letra que muito lembra uma história de aventura épica sem medo dos mistérios da exploração. “Eu só quero sentir a vibe / Em uma noite em que eu possa queimar tudo em mim / Eu não tô nem aí se enlouqueci / Sentindo como Dom Quixote“.

March aposta nas influências do rock, utilizando de uma flauta para fazer a chamada para uma marcha em direção ao Sol. Quase como uma explicação direta do conceito por trás do disco (que traduz-se para “Encare o Sol“), é fácil visualizar um cenário quase teatral com uma montagem cinematográfica à lá filmes de Guy Ritchie.

 

Sob as Cinzas

Face the Sun, que ganhará um repackage intitulado SECTOR 17 no próximo dia 18, é um prato cheio de produções redondas e o início de uma nova fase para o grupo. Quase como o “A Taylor não pode vir ao telefone agora, porque ela está morta” deles, o quarto full do grupo utiliza de ideias semelhantes para anunciar que, aqui, todos deixam de ser o SEVENTEEN.

A abertura para um novo horizonte passa por todos os processos que tangem o Face the Sun, a começar pelos vídeos-conceitos e a nova cerimônia dos anéis, passando pelo título do álbum e finalizando as histórias contadas nas músicas que compõe a tracklist do disco — que, (não-)ironicamente, é fechado pela hipnotizante Ash, uma faixa de trap e hip-hop carregada de auto-tune sobre encarar “O resto de todas as coisas que queimamos / Cinzas, cinzas, cinzas / Vamos construir uma arca e seguir em frente no mundo“.

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