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Ed Sheeran apresenta um disco diverso e rico em participações que renovam a sonoridade da coletânea e revelam uma nova faceta do própria.

Ed Sheeran apresenta um disco diverso e rico em participações que renovam a sonoridade da coletânea e revelam uma nova faceta do própria.


JJustin Bieber, Khalid, Bruno Mars, Eminem, Cardi B, Camila Cabello. Esses poderiam ser nomes confirmados para um festival ou premiação musical, mas, na verdade, são alguns dos artistas que compõem o No. 6 Collaborations Project, quarto e mais novo álbum de estúdio de Ed Sheeran.

Aliado a sua grande e inquestionável influência na indústria musical, Sheeran apresenta um disco diverso, rico em participações que por vezes renovam a sonoridade da coletânea, revelam uma nova faceta própria, além de dar espaço para cada um dos convidados em suas respectivas músicas que participam.

 

No. 6

Capa do álbum

O ruivo investiu fortemente na equipe para dar voz às canções do seu novo trabalho, escolhidas a dedo, de acordo com a admiração e a inspiração que o desperta. Além dos já citados, Chance the Rapper, PnB Rock, Stormzy, Young Thug, J Hus, Paulo Londra & Dave, Chris Stapleton, 50 Cent, YEBBA, Skrillex, Meek Mill, Ella Mai, A Boogie Wit Da Hoodie, H.E.R. e Travis Scott completam a seleção de artistas. Assim, em cada faixa, eles mostram suas respectivas personalidades musicais e atribuem um estilo ao álbum, considerado pelo próprio Ed como um projeto paralelo e, não necessariamente, um sucessor de ÷, seu disco lançado em 2017.

Esse pode ser considerado o maior ganho do trabalho, reunir vários cantores na intenção de produzir um material original, diferente, sem deixar passar despercebidas as marcas de Ed Sheeran, como a sua batida e ritmos que, por vezes, conquistaram o público e a crítica. Além disso, percebemos a preocupação em abrir espaço para que cada talento possa se mostrar, estabelecendo um andamento crescente a cada apresentação dos convidados, seja um nome consagrado e muito popular como Justin Bieber e Bruno Mars, mas também artistas em crescimento e não tão conhecidos de forma geral. Dentre estes, Ella Mai, Yebba e H.E.R,  são os destaques que se você ainda não conhece, precisa entrar em contato com o trabalho fenomenal que fazem!

TOP 10
Após o primeiro dia disponível nas plataformas digitais para todo o público, na lista de mais ouvidas globalmente, Ed Sheeran dominou metade do Top 10, com cinco posições. A faixa que teve mais destaque foi o hit I Don’t Care, parceria com Justin Bieber, obtendo 6.238.667 de streams e ficando em segundo lugar. Logo após, na terceira posição, está Beautiful People, parceria com Khalid, Antisocial, com Travis Scott, em 7º, South of the Border, com Camila Cabello e Cardi B, em 9º e Remember The Name, com Eminem e 50 Cent, em 10º.

O fato é que o cantor e compositor britânico demonstra sua versatilidade ao apostar, por exemplo, em participações especiais que complementam e enriquecem o que logo se revela uma investida rica, porém inconsistente. Enquanto divide os vocais, Ed passa por vários ritmos, dentre eles o pop, rap, hip hop, eletrônico, se rendendo até mesmo, ao ritmo latino.

 

Projeto: Colaborações

Da primeira à última faixa do disco, temáticas como ansiedade, relacionamentos e o mundo de aparências tomam conta das letras, executadas pelo vocal tranquilo de Sheeran, que parece se divertir a cada faixa executada. Fica claro o cuidado em cumprir a proposta de fazer um álbum diverso e novo a cada música, sem uma característica geral definida, apostando desde um pop sussurrado com Justin, em I Don’t Care, até um rock n’ roll com Chris Stapleton e Bruno Mars, em Blow, passando ainda por um hip hop acelerado e um pop melódico. Certamente, o artista conseguiu se reinventar em um terreno que não domina, o que explica a importância das participações.

Ao mesmo tempo, o projeta encontra o desafio de tentar manter o equilíbrio entre a identidade do material e a qualidade. Quando encaramos o material enquanto um álbum e não uma coleção, podemos identificar algumas canções um pouco batidas e sem complemento expressivo para o mesmo, como Feels e Put It All on Me.

No meio dessa mistura de habilidades, destacam-se: 1. South of the Border, um pop latino que combina as vozes de Ed Sheeran e Camila Cabello e um toque de rap à maneira de Cardi B, 2. Remember the Name, em que ele emite versos de rap com um balanço pop para introduzir parte de nomes renomados do estilo (Eminem e 50 Cent), seguindo para um refrão atraente que gruda rapidamente na cabeça, e 3. Blow, um rock n’ roll de peso que, junto ao vocal forte de Mars, encerra o disco com energia e alto astral.

 

Inspiração vs. Números

Ed certamente aposta nesse álbum como forma de alcançar o maior número de pessoas, seja por meio do YouTube, Spotify e as tantas outras playlists desenvolvidas no mundo digital. Uma prova disso é a possibilidade dos fãs e admiradores de cada artista que compõe os feats, acessar o disco na curiosidade de ver, mesmo que rapidamente, o vocal do seu ídolo registrado ali, uma estratégia grandiosa do ruivo britânico que ultrapassou as fronteiras com seu potencial.

Enfim, casados...
Após meses de especulação, Ed Sheeran confirmou, através de seu novo álbum, que casou com sua parceira de anos, Cherry Seaborn. Na música Remember the Name, que conta com as participações de Eminem e 50 Cent, o astro canta “Minha esposa usa vermelho, mas fica melhor sem batom”.

Evidencia-se no artista certa verdade, naturalidade, expressada através das suas performances principalmente. Músicas tão diferentes e gerais ganham um novo tom em performances solo, apoiadas apenas em voz, violão e efeitos.

Ed Sheeran e Travis Scott no clipe de “Antisocial”

A sensação que fica é que Ed Sheeran se rendeu aos números, enquanto a admiração e a inspiração que o influenciam continuam fortes a cada faixa. Um espaço importante de diversidade e troca de experiências, em um projeto ousado, mas fraco, quando se observa toda a carreira do artista. Talvez sua melhor colaboração ainda seja o fã, que ouve, canta junto e o acompanha em suas aventuras, até mesmo, musicais.


PLAYLIST


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