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“One Day at a Time” estreia sua terceira temporada em 2019. Se você tem dúvidas se deve assistir, listamos algumas razões para sanar seus questionamentos!


A terceira temporada de One Day at a Time estreia hoje na Netflix, contando o dia-a-dia de uma família latino-americana, especificamente de Cuba, vivendo nos Estados Unidos. Sendo um reboot de uma famosa série de mesmo nome dos anos 70, a sitcom é uma das melhores séries do gênero da atualidade, com aclamação do público e dos críticos e diversas nomeações à premiações de pesos.

Se você nunca assistiu ao seriado e/ou tem dúvidas se é digno do seu precioso tempo, tenho aqui sete motivos (sem ordem de relevância) que, eu espero, serão suficientes para sanar suas dúvidas. E, no final, espero que elas resultem nas suas boas vindas ao fandom.

 

Motivo #1: É fácil de assistir.

“Duas culturas. Uma família.”

One Day at a Time, como já dito, é uma sitcom. Isso significa que este é um programa de “situação-comédia”, com episódios que duram cerca de 25 minutos cada. Ainda, o programa é uma produção original Netflix, o que significa que a temporada (de 13 episódios cada) é lançada de uma vez só na plataforma de streaming e, obviamente, responde aquela perguntinha: “sim, tem na Netflix“!

Ela também é fácil de assistir no sentido de seus assuntos, tramas, narrativas, personagens, etc., serem facilmente digeríveis. Não é uma série complexa – muito pelo contrário, na verdade. É tudo bem claro, sendo até mesmo bastante educativo (explicarei melhor em outros pontos).

 

Motivo #2: A série é muito boa!

One Day at a Time conta com um time de roteiristas muito talentosos, trazendo uma comédia genuinamente divertida e inteligente. O público é facilmente entretido gerando boas risadas e momentos de descontrações, em um núcleo formado por personagens que são realmente apaixonante e facilmente relacionáveis.

reboot desenvolvido por Gloria Calderon Kellett e Mike Royce vai além e não se limita apenas na superficialidade de seus acontecimentos, adentrando nos assuntos de uma forma madura e de fácil compreensão. Afinal, só pelo enredo base, chega a ser impossível, nos dias de hoje, não se aprofundar com uma série estrelada por personagens latino-americanos vivendo em um Estados Unidos cujo Presidente cisma em criar um construir Muro de “proteção” na fronteira entre o México e os EUA – sim, a série se passa na nossa realidade.

 

Motivo #3: Representatividade Latina

Já ficou bastante claro que esta série é estrelada por latinos, né? Então tá bom. One Day at a Time possui cinco personagens principais, sendo que quatro deles constituem a família de descendentes de imigrantes cubanos. E os quatro são, de fato, latinos.

Da esquerda pra direita, de cima pra baixo: Elena, Lydia, Penelope e Alex.

Justina Machado (na série, Penelope, a mãe) nasceu em Chicago, sendo filha de pais porto-riquenhos. Isabella Gomez (Elena, a filha) nasceu na Colombia, imigrando aos 10 anos para Orlando ao lado de sua família. Marcel Ruiz (Alex, o filho) nasceu em Porto Rico, imigrando para Los Angeles aos 9 anos. E Rita Moreno (Lydia, a avó), também de Porto Rico, imigrou para Nova Iorque em 1936, aos 5 anos.

E o sangue latino não se limita apenas ao elenco. Gloria Calderon Kellett, a showrunner da série, por exemplo, é filha de cubanos, que foram para os Estados Unidos após o episódio conhecido como Operação Pedro Pan, um êxodo em massa de mais de 14 mil cubanos menores de idade, desacompanhados – um momento histórico que na série serve, inclusive, de background para Lydia, a avó. E ainda temos Gloria Estefan, a famosa cantora nascida em Cuba, responsável por dar voz à nova versão música-tema do programa, This Is It.

 

Motivo #4: Representatividade LGBTQIAP+

É (muito) importante notar que um dos personagens de One Day at a Time é integrante (ativo) da comunidade LGBTQIAP+. Mas para não entrar no campo dos spoilers, não direi em qual dessas letras o nosso personagem se encaixa – nem o sexo dele. Mas uma coisa é certa: a série não usa queerbaiting, fazendo desta personagem uma importante pivô no assunto.

A série advoga, não se esconde e é muito certeira em determinar a sexualidade do personagem. Não há confusão, não foi uma escolha, não tem como “desvirar”. É assim e ponto. No final do dia, a personagem tem grande orgulho de ser o que é, até mesmo encontrando um relacionamento amoroso saudável e cheio de suporte e de amor.

Por não perder nenhuma oportunidade de educar seu público, One Day at a Time mostra neste arco um ponto muito importante da jornada: há uma jornada. As coisas não são tão simples. Há todo um processo por trás, tanto para quem é LGBTQIAP+, quanto para as pessoas ao redor desse ser humano.

O original Netflix não esconde nada disso, mostrando o processo de dúvida, de vergonha, de dor e sofrimento até a pessoa se entender e se aceitar, para então passar por uma complicada e traumatizante fase: a de contar aos familiares – que reagem de formas diferentes! Há quem dê total suporte e há quem se sinta completamente repudiado por essa “escolha”. Mas mais importante, eles não esquecem do terceiro grupo: aquele que precisa digerir a informação e se adaptar até chegar ao ponto de total suporte e advocacia – não que isso queira dizer que até eles chegarem lá, eles não amem aquele ser humano, mas que também há necessidade de um processo até chegar a este momento de paz na alma.

 

Motivo #5: Eles sabem usar a plataforma.

Como já elaborado nos Motivos anteriores, One Day at a Time não se escondem no seguro e sabem gerenciar o espaço para fazer um uso saudável da plataforma que lhes foi dada. Sempre com muito humor (afinal, estamos falando de uma sitcom), eles sabem como, onde e de que forma pontuar os problemas que circundam a existência de cada um de seus personagens.

Não importa se essa pauta é xenofobia, LGBTQIAP+fobia, estresse pós-traumático, privilégio (branco, muitas vezes), depressão, a importância das raízes culturais, quebrar padrões de gênero, o episódio histórico do Pedro Pan, ter ou não ter armas em casa, patriotismo, a constante informação mal-guiada de que os latinos são uma cultura só ou a concepção equivocada do que abrange a cultura cubana. Problemas de cunho social, político, cultural e/ou psicológico tem espaço para serem tratados de uma forma simples e didática, sem grandes tabus, mostrando que, no final, tudo que nos falta é um pouco de informação, paciência e empatia. E é claro que isso dá um peso ainda mais importante para essa série.

 

Motivo #6: Participações especiais.

Um bom programa nunca se sustenta apenas pelos seus personagens principais, sempre precisando de um elenco de apoio ou de participações especiais, seja pela necessidade de expandir o universo ou colocá-los em situações diferentes.

One Day at a Time já trouxe alguns rostos conhecidos em suas duas primeiras temporadas. Dois deles são Judy ReyesTony Plana, ambos latinos também! A primeira é famosa por seu papel na série Scrubs (2001-2010), além de ter estrelado Devious Maids (2013-2016) e Claws (2017–). O segundo ficou imortalizado na televisão como Ignacio Suarez, pai de Betty, na série Ugly Betty (2006-2010). Também está nesta lista Georgia Engel, que ficou famosa pelo seu papel na sitcom dos anos 70 O Show de Mary Tyler Moore (1970-1977).

Na imagem, Melissa Fumero e Gloria Estefan aparecem ao lado de Rita Moreno e Justina Machado, em cena da terceira temporada

Na terceira temporada Gloria Estefan não só será responsável pela música-tema como aparecerá no programa como a irmã mais nova de Lydia. E, ainda, o público poderá ver duas estrelas de Brooklyn Nine-NineStephanie Beatriz e Melissa Fumero, que serão primas de Penelope!

 

Motivo #7: Rita Moreno.

Todo show tem a sua estrela e a de One Day at a Time é Rita Moreno. A veterana atriz é responsável por uma das mais adoradas personagens da série: Lydia, ou apenas AbuelitaMoreno é dona de uma sólida carreira que começou em 1943, dando a ela o protagonismo de clássicos como O Rei e Eu (1956) e Amor Sublime Amor (1961). Rita ainda é uma das poucas artistas performáticas a ter um EGOT completo, que consiste na formação de um prêmio Emmy, um Grammy, um Oscar e um Tony.

Abuelita é dona de cenas icônicas (como as suas triunfais chegadas em telas, com direito a revelações e aberturas dramáticas da cortinas) e momentos cheios de graça e emoção. Dona de uma personalidade de Diva, Lydia é amorosa, companheira e compreensível, estando aberta ao novo e ao diferente, ao mesmo tempo em que seu ego e sua vaidade dão aos telespectadores deliciosos momentos de pura diversão.

Abuelita é um Animal Espiritual.


E aí, essa lista foi o suficiente para te fazer assistir One Day at a Time? Se a resposta for sim, então mãos a massa – aproveita que a terceira temporada acabou de chegar na Netflix. Se a resposta foi não, leia esse texto de novo até que a resposta seja sim.

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