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A força da amizade e personagens complexos fazem de “Raya e o Último Dragão” um filme extraordinário.

A força da amizade e personagens complexos fazem de “Raya e o Último Dragão” um filme extraordinário.


FFinalmente Raya e o Último Dragão está disponível no Disney+, plataforma de streaming da Disney, sem custos adicionais. O filme estreou no dia seis de março na plataforma no método Premier Access, onde os assinantes tinham que pagar um valor extra para poder assistir, agora sendo liberado sem valores adicionais para todos os assinantes.

Raya e o Último Dragão é ambientado em Kumandra, um mundo fictício onde humanos, dragões e outros seres místicos convivem harmoniosamente. Depois de um grande desastre, narrado nos primeiros minutos do filme, essa harmonia se quebra e as tribos se separaram de vez. Raya (Kelly Marie Tran) vive em Coração, tribo que ficou responsável por cuidar da Pedra do Dragão, desejo de todos os líderes das outras tribos. Após seu pai promover um encontro para retomar a paz entre seus rivais, Raya comete um pequeno deslize, que acaba causando mais um momento de muita desarmonia em Kumandra.

O longa não é só mais um filme de princesas. Raya deixa claro – mais que os seus antecessores – que as novas protagonistas dos filmes da Disney não são mais donzelas indefesas e sim guerreiras complexas, com objetivos complexos, sentimentos expansivos e muita vontade de viver uma aventura.

Com personagens carismáticos e cheios de personalidade, o longa começa mostrando uma Raya meio solitária e introspectiva, vivendo e convivendo apenas com seu fiel escudeiro. Ao encontrar Sisu (Awkwafina), o último dragão existente, podemos ver uma mudança na protagonista, que passa a desenvolver uma personalidade mais animada e confiante.

Em uma nova tentativa, certeira, Raya e o Último Dragão fez da jovem protagonista uma personagem com muitas nuances, que são descobertas no decorrer da aventura. Em determinada situação, vemos uma Raya muito saudosista e nostálgica, enquanto em outro momento temos uma Raya arrependida e um pouco amargurada, se sentindo culpada por suas atitudes e escolhas do passado.

Sisu, o dragão, também é um grande acerto da casa do Mickey Mouse. A personagem é engraçada mas vai além disso, demonstrando sentimentos escondidos, memórias e dúvidas do passado. Interpretada por Awkwafina, uma das novas promessas de Hollywood, a recente película da Disney faz parecer que a atriz nasceu especialmente para interpretar esse dragão – ou, no mínimo, que a personagem foi escrito exclusivamente para ela.

Além das duas personagens principais, Raya e o Último Dragão mostra personagens secundários bem diferentes uns dos outros, fazendo com que a gente se apaixone por cada um deles de maneiras diferentes. Nem mesmo a antagonista, Namaari (Gemma Chan), é focada em apenas um objetivo, deixando transparecer diversos sentimentos e vontades, que por vezes estãi de acordo com a protagonista. É a primeira vez que vejo uma animação da Disney com tantos personagens complexos.

A principal mensagem do longa é a confiança, ficando claro desde a narração dos primeiros minutos, até o clímax e a parte final. Todos os amigos que Raya faz pelo caminho são das cinco tribos de Kumandra, mostrando que a diferença entre eles não é maior que a vontade de viver em um mundo de paz novamente.

O objetivo principal só é cumprido porque eles confiam uns nos outros e deixam as diferenças de lado. Mensagem muito importante para os dias atuais, seja no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo, já que estamos vivenciando uma polarização cada vez mais gigantesca e que só está gerando mais coisas ruins para a humanidade. A Disney, sempre assertiva nas mensagens de seus filmes, não deixa a desejar nesse também.

Raya e o Último Dragão também fala da esperança no outro, em um mundo melhor. É um longa que demonstra a força que amizade e o amor podem imprimir, e como é importante o respeito ao próximo. Raya me arrancou algumas lágrimas e me deixou com vontade de continuar a acompanhar a história – e por isso espero (e quero) uma continuação.

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