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"Maze Runner – A Cura Mortal" eleva a carga dramática da franquia e entrega um desfecho digno para a trilogia, que vem cheio de dinâmica.

“Maze Runner – A Cura Mortal” eleva a carga dramática da franquia e entrega um desfecho digno para a trilogia, cujo forte residem nas dinâmicas.


Nota do Editor: o texto possui spoilers.

 

EEm 2009, o escritor norte-americano James Dashner lançou o livro Correr ou Morrer (o primeiro da série Maze Runner, composta por seis volumes). Na época, é provável que ele não imaginava que, anos mais tarde, sua obra viria a ser um verdadeiro fenômeno mundial entre os jovens leitores, ou até mesmo ganharia uma adaptação para o cinema.

O primeiro filme da trilogia, Maze Runner: Correr ou Morrer, foi lançado em setembro de 2014, sendo considerado um dos longas mais rentáveis daquele ano. Além disso, foi recebido de forma positiva pela crítica especializada, recebendo elogios pela atuação de alguns atores e pela premissa integrante, colocando-o entre uma das melhores adaptações dos livros distópicos para jovens adultos.

Após quase quatro anos desse sucesso, chegou aos cinemas em janeiro de 2018 o último filme da famosa trilogia: Maze Runner – A Cura Mortal. Os acontecimentos da película se passam após os acontecimentos do segundo capítulo (Maze Runner: Prova de Fogo, 2015), quando alguns membros da C.R.U.E.L. atacaram o refúgio nas montanhas onde os rebeldes se escondiam. No ataque, alguns membros importantes da resistência, como Minho (Ki Hong Lee) e Sonya (Katherine McNamara), foram levados pela organização.

Poster nacional

Agora, Thomas (Dylan O’Brien) está decidido a embarcar em uma missão perigosa para resgatar seu amigo Minho. O laço construído por eles dentro do labirinto é forte demais para ser quebrado ou esquecido, então abandoná-lo não é uma opção. Contudo, Thomas não está sozinho nessa missão e conta também com a ajuda de Newt (Thomas Brodie-Sangster), Caçarola (Dexter Darden), Brenda (Rosa Salazar) e Jorge (Giancarlo Esposito).

Logo no início de Maze Runner – A Cura Mortal, eles precisam enfrentar a ameaça dos cranks (seres humanos infectados pelo vírus conhecido como Fulgor, que transforma as pessoas em uma espécie de zumbi), mas apesar de todos os perigos nada se compara a conseguir a entrar nos domínios da C.R.U.E.L.. O quartel-general da instituição é altamente protegido por seguranças e com tecnologias muito avançadas, e, por serem “propriedades” da organização, Thomas, Newt e Caçarola possuem um localizador embutido em seus corpos, tornando-os facilmente localizáveis.

É nesse momento crucial da trama que eles decidem recorrer à Teresa (Kaya Scoledario). Mesmo duvidando das intenções da jovem, que já havia os traído no passado, ela é a única que pode ajudar Thomas e seus amigos se infiltrarem na C.R.U.E.L., além de ajudar a resgatar o Minho, que é o motivo central de toda a missão.

Thomas (Dylan O’Brien), Jorge (Giancarlo Esposito), Newt (Thomas Brodie-Sangster) e Frypan (Dexter Darden) são parte do time de resgate de Minho

Essa trama de Maze Runner – A Cura Mortal aos poucos se mostra muito mais grandiosa do que aparenta, uma vez que é revelada a crítica situação em que o vírus do Fulgor está se espalhando entre as pessoas, com as tentativas de encontrar uma cura parecerem distantes de serem alcançadas. É Teresa que acaba descobrindo que o sangue de Thomas pode ser a resposta para a cura, colocando o rapaz em um dilema: concentrar-se em ajudar o seu amigo e outros jovens capturados pela C.R.U.E.L. ou se juntar a Teresa para tentar encontrar uma cura definitiva.

É interessante observar a lealdade existente entre Thomas, Newt, Minho e Caçarola, cuja o confinamento no labirinto formou uma amizade forte o suficiente para arriscarem suas vidas uns pelos outros. O grande destaque vai para Newt (a atuação do Thomas Brodie-Sangster é emocionante), que deixa seu bem-estar de lado para garantir o resgate do amigo, colocando Minho como sua maior prioridade.

Newt, Thomas e Minho tentam escapar o quartel-general da C.R.U.E.L.

Outro destaque da atuação de Maze Runner – A Cura Mortal é Dylan O’Brien (a evolução ao longo da franquia é evidente), que carrega uma grande carga dramática e consegue deixas transparecer muito bem as suas emoções. O mesmo pode ser dito sobre Kaya Scodelario, que consegue entregar ao público uma personagem mais complexa, de caráter dúbio.

O filme é repleto de cenas de ações bem dinâmicas e muito bem construídas (além de inúmeros plot twits, incluindo a volta de um personagem que todos acreditavam que tinham morrido), que é uma marca registrada do diretor Wes Ball. No início de sua carreira, Ball chegou a trabalhar supervisionando efeitos especiais, de modo que acabou desenvolvendo um olhar diferenciado tanto para os efeitos práticos, quanto para o CGI (computer-generated imagery, o que pode ser traduzido para imagens geradas por computador).

Maze Runner – A Cura Mortal vem chamando atenção pelos excelentes números de sua bilheteria. Logo que estreou, o filme faturou R$7,2 milhões na primeira semana aqui no Brasil, e também foi líder de bilheteria nos Estados Unidos. O longa, no entanto, teve uma bilheteria pequena em solo norte-americano, arrecadando até hoje pouco mais de 52 milhões de dólares (contra os US$ 62 milhões de sua produção). Mundialmente, são quase US$ 240 milhões.

Mesmo desconfiando da jovem, Teresa é a única que pode ajudar Thomas em seu plano

Apesar de deixar alguns detalhes sem explicação no final do filme, como a questão da cura, que foi pouco explorada na película (não se sabe se depois o Thomas utilizou seu sangue para produzi-la ou não), Maze Runner – A Cura Mortal entrega um desfecho digno para essa trilogia e no final presta uma homenagem a todos os personagens que fizeram parte dessa história.


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