fbpx

O músico mais talentoso que já viveu. Aquele que quando tocava, os pássaros paravam de voar e escutavam. Aquele que quando tocava, os animais não sentiam mais o medo. Esse era Orfeu, filho da Calíope e de Apolo, na mitologia Grega. Esse, também, é o nome de uma das música do álbum Jungle, lançado em 2017 pelo artista brasileiro Fabriccio.

Constantemente aparecendo como sugestão do Spotify, demorei muito tempo para dar o play em alguma canção do músico. Na verdade, esse ato só aconteceu no início desse ano, mas já poderia facilmente ser destacado como a trilha sonora do meu mês de fevereiro.

Composto por 13 faixas, o álbum, lançado pela IndigoMusicProduction, passeia bem pela BlackMusic, trazendo o Pop, o R&B e o Soul como os pilares principais do disco. Todos esses ritmos são apresentados de forma natural, criando um ambiente coeso entre as canções que, apesar do nome do disco, não abandonam a brasilidade em momento algum.

Jungle é um daqueles álbuns que colecionam diversos acertos, começando pelo nome. De acordo com o cantor de Vitória, o disco “representa o ambiente quase sempre hostil de sobreviver no Brasil, sendo preto, querendo viver de música, mas ao mesmo tempo representa não só a ‘tal selva de concreto’, mas também o outro lado no sentido literal, a busca às raízes musicais, ancestrais, e uma certa saudade de um ambiente menos cinzento.”

As parcerias não poderiam ser melhores. Luedji Luna, dona de um dos melhores hits de 2017, divide os vocais da animada O Poder do Machado de Xangô. Em Preta, Tassia Reis, uma das maiores rappers brasileira, empresta sua voz absolutamente afinada para uma canção pop e romântica. Mas é em Orfeu que o material me deixou completamente apaixonado.

A parceria com o artista Lucas Arruda, que até o momento eu não conhecia, é simplesmente cativadora. Se na mitologia grega, Orfeu conseguia fazer com que os pássaros parassem de voar para ouvi-lo, aqui, Fabriccio nos conduz em um voo de sensações e poesia. Claramente, minha faixa favorita do álbum, mas vale a pena escutar cuidadosamente cada parte desse trabalho incrivel.

Compartilhe

Twitter
Facebook
WhatsApp
Telegram
LinkedIn
Pocket
relacionados

outras matérias da revista

Televisão
Juliana Almeida

Chega de dor

“House of Cards” estreia sua sexta e última temporada sem perder a classe e a compostura, onde Claira Underwood é a responsável pelo último ato presidencial

Leia a matéria »
Back To Top