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Trabalhar com a documentação de uma propriedade de um recém-falecido já não parece uma tarefa tão agradável, ainda mais em um filme de terror. Em A Mulher de Preto (The Woman In Black), o jovem advogado Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) é enviado ao interior da Inglaterra para lidar com a papelada da Eel Marsh House, uma mansão de Alice Drablow (Alisa Khazanova). Apesar de não gostar da ideia, ele é pressionado pelo chefe a ir pois, caso contrário, seria demitido, uma vez que seu rendimento caiu muito desde o falecimento de sua esposa Stella (Sophie Stuckey), que morreu no parto do filho Joseph (Misha Handley).

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Logo que chega na cidade, Kipps percebe que sua presença não é bem vinda. Os moradores são extremamente supersticiosos sobre entrar na Eel Marsh House e são aceitam o convidado revirando o interior do lugar. Anos antes, Nathaniel (Ashely Foster), filho de Alice, morrera afogado nos arredores da mansão e, desde então, certas tragédias aconteceram na cidade.

Com o objetivo de cumprir seu trabalho, o advogado vai até o local e logo começa a ter visões sinistras e ser assustado por presenças na casa. Isso desencadeia novas tragédias na cidade, causando muito temor e revoltas por parte dos moradores. Não demora muito para que o próprio Kipps fique assustado e passe a acreditar nas histórias.

Toda a atmosfera de A Mulher de Preto é propícia para que o espectador entre no clima do terror. Uma mansão afastada da civilização, corredores escuros vultos refletidos na janela, brinquedos que fazem barulhos sozinhos e um cemitério ao redor da casa contribuem para que o coração acelere e você logo pensa “algo bem ruim vai acontecer aqui”. Ainda que o ambiente dê todos os sinais, as cenas de terror propriamente ditas não decepcionam e conseguem causar sustos pontuais e segurar a tensão por bastante tempo.

Além do terror, o longa, dirigido por James Watkins, também é carregado de drama, o que torna tudo mais intenso e angustiante. Por causa de todas as tragédias, os moradores da cidade estão muito abalados e não abrem mão de suas crenças para protegerem suas famílias do perigo.

Ainda que, no começo, Kipps seja muito cético e pense que os moradores são bem estranhos, não tem como deixar de sentir apreensão por tudo o que pode acontecer.

É comum que os filmes de terror apostem em dramas e crenças populares para conseguirem sustentar suas histórias, e a estratégia encaixou muito bem na película. Sem dar spoilers, os ciclos de tragédias que acontecem na história são bem fortes e é bem difícil de não ficar preocupado com o destino dos moradores após a visita de Kipps.

A Mulher de Preto consegue intercalar atmosferas de terror e de abatimento (com direito a uma fotografia bem bonita) e segura bem a atenção de quem assiste. Ao final, apesar de indicar ao espectador o que aconteceu, dá margem para possíveis interpretações e a sensação que muita coisa ainda pode rolar.

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